A decisão é um acto inerente ao ser humano, a capacidade de raciocínio lega-nos o livre arbítrio e a propensão de poder optar coloca-nos numa situação tangível do planeta. Conseguimos ter a percepção do certo, ou do errado, e optar por qual dos dois caminhos seguir. O processo de tomada de decisão é muitas vezes dúbio e nem sempre inteligível. Os inputs que chegam ao Sistema Nervoso Central, partindo do princípio que os factos são reais e credíveis, podem induzir um erro que colocará em causa o julgamento final. Quero com isto expressar a dificuldade em tomar uma decisão. Na nossa vida futura, como técnicos qualificados, ser-nos-á exigido, em variadas situações, que tomemos uma resolução. E este é um ponto, ou momento, fulcral. Será com base nos conhecimentos adquiridos, nas nossas vivências diárias, nas ferramentas de trabalho e, acima de tudo, nas nossas convicções que julgaremos e adoptaremos a melhor atitude. É imperativo que se tome uma opção! Correcta, ou não, o importante é que a tomemos! E que tenhamos o discernimento para ajuizar com base nos valores e nos conhecimentos adquiridos e garantirmos, à nossa consciência, que essa opção é genuína e devidamente fundamentada. Faço, aqui, um especial enfoque à necessidade inerente de se tomarem atitudes, pois considero que só desta forma se criarão as bases para a definição de modelos, estratégias, técnicas, políticas, etc. que permitirão almejar a tão ambicionada sustentabilidade.
Um dos maiores problemas de um técnico é conseguir fazer passar a informação. Muitas das vezes por uso de recursos quer técnicos, quer estilísticos, que não permitem a clara transmissão de ideias. Outras, porque o conhecimento da opinião pública não é, de todo, compatível com as questões
As diferentes dimensões associadas a qualquer estratégia, plano ou política abarcam três grandes campos: social, económico e ambiental. Qualquer uma destas vertentes tem aspectos inerentes à sua origem; uma delas será a vertente temporal. Existem processos associados a cada uma delas e, por serem de génese diferenciada, desenrolam-se em tempos diferentes, isto é, as medidas adoptadas sobre cada uma delas obtém tempos de resposta diferentes. Assim, aquando do processo de planificação, partiremos do princípio que toda a parte de caracterização e análise já se encontra resolvida, tem de se ter em consideração o tempo processual inerente a cada uma delas; muitas das vezes, a dificuldade está em definir o espaço de tempo associado a cada processo. A articulação entre as componentes escalar e temporal é de extrema importância. As hipóteses que surgem, na interacção entre elas, são inúmeras. Assim, teremos de ter um cuidado redobrado ao identificar quais as variáveis associadas a cada componente. Se, por um lado, a escolha for correcta, temos o trabalho deverás facilitado; se, por outro lado, a escolha for incorrecta, o ruído criado por essas variáveis pode ser impossível de contornar, levando a situações morosas, complicadas de resolver e, por vezes, sem solução aparente. É premente uma correcta avaliação dos objectivos, de maneira a que o acto de planificar seja conciso, rigoroso e célere. Uma planificação adequada permite uma melhor gestão de recursos, uma melhor identificação de prioridades e, acima de tudo, uma melhor capacidade de execução. É com esta última em mente, que deveremos guiar as nossas acções. O país precisa urgentemente de acções que possam, de uma vez por todas, encaminhar esta barca no rumo certo.
Os recursos técnicos que hoje se encontram disponíveis são sobretudo ferramentas com uma melhor e maior capacidade de análise. Permitem analisar quantidades de dados impensáveis à 15 anos atrás. Isto permite o aparecimento de uma nova família de planos. Poderemos pensar que serão mais coerentes com as alterações operadas no território, e são-no garantidamente! Uma maior base de análise permitirá uma pirâmide de decisão mais estruturada e fundamentada. Ainda assim, o erro cometido poderá ser catastrófico. Se o processo de análise espacial não for correctamente elaborado e, como já foi referido, se as variáveis não forem bem identificadas e definidas, o resultado final poderá não ser o mais correcto. E, devido à quantidade de dados, não se questiona o output. Ora, aqui está o cerne da questão: as máquinas única e exclusivamente analisam os dados que lhes fornecemos, portanto devemos colocar sempre em causa os resultados. Se questionados, temos de saber responder adequadamente, não poderemos usar o cliché: “ Ah e tal, foi o computador que fez, por isso está bem feito…”. Temos de saber qual o processo de análise que conduziu àquele resultado; assim poderemos identificar o erro, a sua localização, corrigi-lo e explicá-lo se necessário.
A capacidade de trabalho, a coerência das atitudes, a honestidade e o espírito de equipa são o nosso curriculum vitae. São estes os aspectos que se expõem quando o nosso nome é mencionado. Assim, e no interesse de toda a comunidade Biofísica, é estritamente necessário que sejam estas as palavras que ficam retidas quando a nós se referem. É com a grandeza de atitudes, postura e dedicação que conseguimos levar mais alto o nome da nossa licenciatura. Dos actos medíocres, mesquinhos e retorcidos ninguém se esquecerá deles, ensombrarão o nosso nome; por muitos e bons que existam é sempre dos fracos que reza a história…
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